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O Exército e a casa dos Três Porquinhos

16 de agosto de 2021
Em Crônicas
Tempo de leitura:4 mins read
oto: Tv Brasil/Reprodução

foto: Tv Brasil/Reprodução

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O pai atento em frente à televisão assistia ao programa esportivo. O filho de quatro anos gritando lá da varanda:

─ Papai, o Exército Brasileiro invadiu a casa dos três porquinhos!

 O pai fingiu que não ouviu. Queria mesmo era continuar assistindo aos comentaristas analisando as últimas performances dos times no Brasileirão.

─ Papai, o Exército Brasileiro invadiu a casa dos três Porquinhooooos! ─ O filho numa voz maviosa ─ Venha ver,  papai.

─ O quê? ─ perguntou apenas para adiar a ida à varanda. Onde é que o filho queria chegar com essa conversa de exército e casa dos Três Porquinhos? Ontem já tinha contado para o filho, dentre tantas histórias, a dos Três Porquinhos. Talvez o pimpolho estivesse brincando com os soldadinhos de plástico,  deve ter criado uma casinha de lego e fantasiado a história. Só faltava esta: um exército invadindo a habitação dos porquinhos!  Ficou pensando como poderia ser a invenção da historinha que contaria para o filho hoje à noite: Era uma vez um exército que…

─ Papai?

Não tinha uma alternativa. Melhor ver o filho.

O filho com o tablet na mão.

─ Olha, papaizinho!

O pai agachou-se ao encontro do filho que estava sobre almofadas no piso. A imagem rodando no tablet. Imagem real. Sim. Era o Exército Brasileiro numa operação de treinamento em Formosa invadido a casinha que mais parecia uma construção mal-amanhada de uma casinha de bonecas, ou mesmo de cenário de peça teatral de uma escola pobrezinha.  

O pai rindo alto.

─ Você é demais, filhão!  

Como o filho chegara àquele vídeo? O filhinho nem sabia ler ainda. Naquela cabecinha de quatro anos, a casinha mal-amanhada lhe remetera à historinha infantil.

─ Filhão, isso é coisa de verdade! Não é historinha não.

─ Né não?

─ E esta casinha, Papai? E estes soldados?

─ É que que eles estão brincado de guerra.

─ Brincando de guerra?

O pai deu um beijo no filho, pegou-o no colo e  dirigiu-se  para a sala sem saber dar uma explicação tangível para o filho. Começou a pensar no ponto de vista  do menino.

Lembrou-se da imagem   bisonha do desfile do dia 10 em Brasília. Os tanques fumacês,  tanques dos anos 70 ainda.  Os caminhões suíços da década de 70, conforme lera numa reportagem.  E se estivéssemos em um momento de crise internacional e um país, mesmo que América Latina entrasse em confronto com o Brasil? Uma Venezuela por exemplo… a  Argentina? Seríamos derrotados de primeira se dependêssemos apenas do Exército e seus carros antigos. Mas, certamente as demais Forças estavam de boa.

Pediu ao filho para ver de novo o vídeo. Começou a assistir. O som estridente de uma flauta tocando a trilha do filme “Missão Impossível”. Os soldados com uma lança-chamas, se dirigindo à “casinha dos Três Porquinhos”. Em poucos segundos a casa explode. Cena digna de um filme de comédia. Não, não. Um filme não. Um seriado de comédia que começou no dia 10… Mas, certamente, nos demais procedimentos de treinamento das Forças, não teve cenas hilariantes e meméticas assim.

─ Viu, papai? Não falei que os soldados invadiram a casa dos Porquinhos!  Os porquinhos morreram?

Carlos Peanquin

Esta é uma obra de ficção.

Tags: ficçãopolíticavald ribeiro
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Comentários 1

  1. CLODOALDO PACECO says:
    11 meses ago

    3 porquinhos é uma ova. O nosso exercito é muito o bom. porque todo comunista gosta de fazer pouco das coisas!

    Responder

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